Podcast D30

RPG levou cadeirante a praticar arco e flecha

Cadeirante tetracampeão brasileiro de Tiro com Arco explica que o RPG incentivou a prática do esporte.

Andrey Muniz, arqueiro do Goiás Esporte Clube e da equipe paraolímpica

Andrey Muniz ficou paraplégico aos dezenove anos, depois de sofrer um acidente de carro. Algum tempo depois, enxergou a possibilidade de voltar a praticar esporte com o basquete para cadeirantes, mas não se adaptou à modalidade. Recluso, em casa, voltou-se para os jogos de RPG, onde os participantes interpretam personagens. No jogo, Andrey fazia o papel de um arqueiro. A diversão do RPG, aos poucos, fez com que o jovem imaginasse se poderia transportar o personagem para a vida real. Logo, começou a pesquisar sobre o arco e flecha. Em seguida, procurou por um técnico e começou a treinar.

Hoje o arqueiro é apaixonado pelo esporte “O esporte mudou muito a minha vida. Hoje, eu acho que a coisa mais importante da minha vida é o esporte. Trouxe qualidade de vida, mais inclusão social com os outros atletas, outras pessoas, de outros países também. Não largo, só se tiver uma lesão que não deixe mais atirar mesmo, que não tenha outra solução, mas o arco mesmo eu não largo mais não.” Afirmou.

Agora, o tetracampeão brasileiro de Tiro com Arco, vai representar o Brasil no mundial de Turim, na Itália, em julho deste ano. “É uma vitória ir pro mundial. A gente vem batalhando, treinando bastante para estar sempre nas primeiras colocações. O meu objetivo no mundial é garantir vaga para as paraolimpíadas de 2012.” Explicou.

Andrey Muniz compete na categoria composto – onde o arqueiro usa arcos de maior precisão, e para realizar o sonho das paraolimpíadas, Andrey, que treina Tiro com Arco desde dois mil e oito, recebe o auxilio do Bolsa-Atleta, programa do Ministério do Esporte.

Priscila Leite é amiga do D30rpg e repórter do Ministério do Esporte.