Podcast D30

Microscope: com certeza épico, nem tanto RPG

Nós do D30 temos uma piada interna sobre que Fiasco não é um RPG, e sempre fazemos um certo bullying com o Ricardo Mallen por causa disso, porque ele adora. Não me entendam mal, Fiasco é um jogo sensacional, só acho que não é um RPG…

Com Microscope acontece a mesma coisa, não estou certo de que tenha jogado um RPG, mas me diverti muito em 3 horas de contação de histórias. Fomos eu, Alface e Carlos Adão que tentamos essa empreitada (mestres excelentes que você encontra ali pelo Encontro D30 e pela Orgutal) e você pode ouvir a história final nesse arquivo:

Microscope é um jogo em que não há mestres, apenas jogadores. Cada um foca num aspecto da história por vez, que pode ser uma época, um evento, ou uma cena. Claro que na cena até teve um pouco de roleplay, porque é de onde a gente vem, mas poderia ter sido apenas descritivo que estaria tudo bem… Ele mesmo se chama de “um RPG fractal de histórias épicas”, o que apenas quer dizer que a história tem uma escala épica, e você pode introduzir eventos em qualquer ordem. Na nossa história era um povo que iria de tribo a império interdimensional, e a última coisa a ser adicionada foi o primeiro de todos os eventos. 

Foi muito legal, e recomendo a experiência, acho que vamos ter no próximo D30. Eu mesmo li isso pela primeira vez acho que em 2013 ou 2015, e estava perdido na minha cabeça até o Carlos trazer de volta. E foi mesmo muito divertido, no final a gente estava gostando daquele povo que criamos e vimos sofrer tanto. Certamente aumenta seu complexo de deus… 🙂

Ainda falta testar os outros jogos do Ben Robbins, um sujeito interessante e que tem muitas opiniões bacanas sobre RPG. Recomendo a vocês para desenferrujar. E como o jogo cria uma história épica, é bem recomendado para você fazer um mundo de RPG, se for o caso de você querer fazer isso, o que eu nem tanto recomendo, mas sei que todo mestre nerd que se preza quer fazer isso!