Desde que surgiu, o RPG sempre instigou a ideia de ter personagens em um processo de desenvolvimento e aperfeiçoamento progressivo, desencadeando modificações na história e, consequentemente, despertando potencialidades, habilidades, poderes, ampliando conhecimentos ou acumulando riquezas. Obviamente que para isso o tipo de jogo deveria permitir sessões contínuas em formato campanha para que essas transformações e mudanças fossem alcançadas.
Isso também quer dizer que os personagens deveriam receber alguma forma de experiência para passar de um “nível” mais simples e tornarem-se mais complexos, mais desenvolvidos e poderosos. O tempo passou e a forma de jogar RPG mudou muito, hoje temos uma vasta quantidade de jogos que atuam de outras maneiras nessa questão de evolução dos personagens.
Fato é que independente de termos campanhas longas ou mais rápidas, o progresso da história vai influenciar de alguma forma na vida do personagem. E é disso que vamos tratar hoje, sobre a evolução dos personagens! Então acompanhem mais essa edição do Podcast D30 em que Gene Cavalcante, Marcello Larcher, Ricardo Mallen e eu, Janary Damacena, batemos um papo sobre nosso acúmulo de experiências em jogos. Mais uma vez contamos com as habilidades do Rafael Thomaz, Mago nível 14 da Equalização, que editou esse episódio, tornando não apenas a voz do ML audível, mas tudo muito melhor!
[podcast]http://www.d30rpg.com.br/podcast/D30RPG_ep_42.mp3[/podcast]E ATENÇÃO: Não esqueça que seu comentário é fundamental para sabermos o que está indo bem, o que desagrada, temas futuros, sugestões e afins. Então, deixe seu recado aqui no site ou envie pelo nosso Facebook, ou ainda pelo e-mail d30rpg@gmail.com. Também temos um grupo de whatsapp, aqui está o link, mas pode usar o código QR ali do lado.
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Um pouco do que a gente falou no podcast:
Comments
Muito show, pra variar… mas… deu ainda mais vontade de jogar uma campanha longa, que não consegui ainda, justamente pelo que comentaram, a possibilidade de integrar background (passado e futuro) e o enredo/plot da aventura.
Volnei é super maneiro jogar uma campanha longa, são tantas possibilidades, tantas histórias. Acho que meus melhores jogos estão dentro das longas campanhas…
Só um pequeno “disclaimer”: quando fiz meu personagem de AD&D que era um fazendeiro guerreiro, ele teve algum treinamento antes de começar a lutar. E de fato, a opinião do Larcher traz uma consequência interessante: se um mago de 1º nível é um cara – ou uma mulher – que tem estudado e se preparado há anos para poder lidar com as energias místicas, não seria simples eu ser de outra classe e eventualmente pegar uns níveis de mago. Era mais ou menos a ideia do “dual class” nas primeiras edições…
Mais uma nota: sobre a premiação por interpretação no AD&D, como mostra a tabela acima os pontos genéricos incluíam boas ideias, ideias que salvavam o grupo, boa interpretação do personagem e incentivar a participação dos demais.
Muito bom podcast! Só vou citar a UA de agostode 2017 com uma regra alternativa de ganho de xp para 5e, com uma base de 3 pilares (exploração, interação social e combate) que é realmente muito boa e fácil de ser aplicada. Atualmente, pra mim é o melhor sistema de xp contemporâneo! Segue o link abaixo:
http://media.wizards.com/2017/dnd/downloads/UA-ThreePillarXP.pdf
Como sempre sensacional!
Eu acho sensacional essa ideia de jogar o level 0, eu sempre quiser jogar com todo mundo sem escolher classe nem nada e ter essa situação de descobrir o que ele vai se tornar, no mundo das trevas a galera gosta muito de fazer isso, jogar o preludio, até a transformação em vampiro, o teste pra definir sua tribo, o maravilhoso despertar do mago e ter todo aquele momento matrix de descobrir que o mundo não é o que você tava pensando. Eu acho isso muito sensacional, infelizmente eu nunca tive a chance de jogar assim.
Marcello falou da questão do personagem no nível 1 já ser treinado e citou o caso do Warhammer Fantasy ser uma aventura de nível 0 e eu lembro que quando joguei o Warhammer Only War, tem uma pegada totalmente diferente, enquanto você tá no fantasy sendo uma pessoa “normal”, no only war( que é do 40k) você começa sendo o cara mais foda, só que ao mesmo tempo você é um imperial guard, no universo do 40k, você é um bosta, só que não um bosta qualquer você é o mais foda dentre eles. Me lembro que quando joguei o Only War, nos lidamos com a situação de estar sem suprimentos aguardando reforços em uma pequena cidade que tomamos, tinha um exército mutante tentando invadir, e eu lembro que meu personagem resolveu se prender nas árvores mais distantes da cidade, para quando o exército passar eu e mais 3 npc flanquearmos eles, então é um sistema extremamente letal, mas seu personagem de cara, já é muito forte. No deathwatch por exemplo tem uma mecânicas que quando você chega a 0 de vida seu personagem não cai, ele continua lutando e vai perdendo partes do corpo até efetivamente morrer, eu gosto de brincar que isso funciona igual o Borderlands(console), quando você cai tem um pequeno tempo em que se você conseguir matar quem te matou você volta à vida, no caso do Warhammer quando você chega a 0 se você conseguir matar todos os inimigos, só precisa ter alguém pra por próteses em você.
Uma vez eu fugi de casa pra jogar RPG, eu tinha uns 13 anos não epoca, e fizemos um “evento de xp” basicamente nos multiplicamos a xp tá tabela por 6, pra evoluirmos os personagens o mais rápido possível, e pra experiência foi super divertido, mas nós ficamos com o problema do inimigo porque a gente tava muito forte.
No caso do Cthulhu, poxa tem uma coisa que faz muito sentido subir de nível em Cthulhu, muitas vezes a investigação leva anos, rolam time skip e tudo mais, nesse tempo o personagem pode aprender coisas novas ou melhoras suas habilidades, não seria isso um level up?
Eu gosto muito de usar essa forma de level up por arco, mas realmente no começo você perde um pouco o gosto do primeiros níveis. A sugestão do Gene de “bombar” o personagem é uma ideia sensacional, porque é bem legal a ideia de você terminar com aquele personagem que você tava imaginando que seria, mas muitas vezes não tem como isso acontecer
Eu mesmo estou preparando uma aventura na Velha República usando o Force and Destiny, meus jogadores serão Siths, a princípio eu sugeri que eles já começacem fortes, mas ficou tão complicado pra mim colocar eles de cara em situação complexas que eu preferi colocar eles ali no finalzinho da academia sith, tenho o mesmo problema que o Gene citou, dificuldade de acompanhar a evolução dos jogadores.
Enfim, podcast sensacional como sempre, desculpem o textão longo e desconexo.?
Bem legal o podcast!
Obrigado Marcelo! Continue sugerindo dicas 😉
o que vcs recomendam para um grupo q nunca jogou rpg e quer começar?
Eduardo sem dúvida nenhuma a melhor opção é ir a algum evento de RPG para ver um pouco das várias opções de jogos, experimentar um tema que agrada mais ao grupo (fantasia, aventura, terror, super heróis, ficção científica entre outros), além de conversar com as pessoas por lá e pegar dicas e jogar o máximo que vocês puderem. Isso vai dar uma ideia geral do RPG e vai nortear vocês para escolher alguma coisa.
Excelentes observações Silvio! Sobre essa questão de personagens realmente iniciantes, nível 0 ou coisa parecida, eu não lembro de uma regra mais coesa (para fantasia) do que a do recente Shadow of the Demon Lord onde se tem a possibilidade dos personagens começarem sem treinamento nenhum mas de acordo com as ações e opções que tomam em jogo o mestre define suas “carreiras” de primeiro nível.
Lucas pro D&D, eu acho que essa regra alternativa dos três pilares é excelente! Por muitos anos eu usei algo bem parecido nas minhas campanhas e sempre deu muito certo. Hoje estou testando o modelo de subir os níveis de acordo com os arcos de história, e confesso que estou gostando.
Eduardo acabei de lembrar de um podcast que pode ajudar vocês:
http://www.d30rpg.com.br/2017/11/33-podcast-d30-rpg-para-iniciantes/